Como se em mim já não habitasse alma,
Retiro as vestes deste corpo petrificado. Deixando cair sob ele quente água, Visando dar-lhe alento, mas sem resultado. Saindo, com movimento inconsciente, Cubro-o de alvo manto. Sob a bruma, caminho lentamente, Em frente ao espelho dou lugar ao espanto. Não reconheço aquele semblante, Tento enxergá-lo mais de perto. Tão perto…tão distante, no entanto. Tem alguns traços meus… decerto. Contudo, a boca está selada, Na face, o resultado do consumismo, A audição foi profanada. E no olhar…no olhar… Os olhos que dizem ser o espelho da alma, Perdendo a calma, neles vejo o abismo!
(Vânia Brasil)
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Sempre que possam, acompanhem a leitura com o video. Neste blog só publicamos textos da nossa autoria.
sexta-feira, 1 de junho de 2012
Despida de mim...
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