Sempre que possam, acompanhem a leitura com o video. Neste blog só publicamos textos da nossa autoria.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011






quarta-feira, 24 de agosto de 2011




Há momentos, em que simplesmente,
Não queremos saber quem somos,
Para onde vamos, o que pensam de nós,
Ou meramente o que fomos.
E temporariamente nem existimos!
Perdemo-nos no tempo, embrenhados em pensamentos,
Sonhamos incondicionalmente.

Olho pela janela, ausente…a mente. Em presença,
Física. Lá fora, chove torrencialmente,
O vento sopra com violência,
A natureza manifesta-se impaciente,
Cada rajada…é mais forte que a antecedente.

Sopro, o meu chá de tília, está quente.
Aconchego meu agasalho nos ombros,
Faz frio, ao primeiro gole senti um arrepio.

Espirro…adoro sentir o frio na pele.

Pouso a chávena, massajo o pescoço,
Sinto-me um monte de escombros,
Exausta pelo cansaço. O que eu daria
Por uma boa massagem!
Volto á chávena…fixo-me no escuro,
Através da janela…vislumbro o esboço,
Da tua doce imagem…um porto seguro!
Tu…e novamente sonho…voo.

Em casa, tudo já dorme.
Tu, meu amor, não me sais do pensamento,
Nem por um só momento.

Esboço um sorriso.

Hoje não me sinto triste, nem carente,
Sinto-me tão segura, apesar de saber-te,
Distante...ausente.

É como se nada mais me importasse,
Do que a certeza que me amas, que te amo,
Que me queres, que te quero,
Que te desejo e sou desejada.

Riu…
Sinto-me tão cansada.

Não espero, abro a porta,
E como senão bastasse,
Sinto uma vontade enorme de sair,
Agarro uma manta, envolvo-me,
Deito-me na rede, no alpendre…balanço.

Chove tanto,
Sinto o vento na face!

Mas com um sorriso,
Que me abrange, toda por inteiro,
Continuo a balançar-me, aconchegada.
Olhando a natureza, pensando nele.
E esperando nada!
Simplesmente feliz por existir.

E ao som abafador das árvores,
Á manifestação, violenta, da natureza,
Que eu tanto adoro assistir.
…e…
Há momentos, em que simplesmente,
Não queremos saber quem somos,
Para onde vamos, o que pensam de nós,
Ou meramente o que fomos,
E temporariamente, nem existimos.

Hoje, quero apenas apreciar o momento,
Eu! Inexistente, vagueio…sonho.
Em pensamento.

Sabe tão bem sonhar!
A realidade é que é bem diferente.


(Vânia Brasil) 22/05/2007











Parem de me perguntar como me sinto,
Parem por favor!
Sei que o fazem por instinto,
Mas isso só aumenta minha dor.
Será que não compreendem?
Ou para muitos de vós isto ultrapassa-os muito além?
Revejam-no comigo então,
E aí sim o sentirão…

Imaginem viverem plenos momentos,
Gratos, pelo que vos rodeia.
Felizes, apesar de alguns contratempos.
Sem invejar a sorte alheia.
Sentindo a segurança num abraço,
A certeza num apertar de duas mãos,
Duas almas que se fundem ao mesmo compasso,
Sentirem-se abençoados pelos céus!
E de repente tudo isso vos é retirado,
Arrancam-vos as vestes,
Que vos cobriam de alegria.
Trespassam-vos a alma,
Arrebatando-vos os sonhos.
E o sentimento que vos abrange,
É o medo e o vazio.
Nus, tépidos, evolvidos pelo frio.
Sós, num lugar silencioso e sombrio,
Sentem-se um sem-abrigo,
Vulneráveis, em perigo…
E o desespero que brota em vós,
É tal…que elevais as mãos aos céus,
Em busca de algum conforto,
De uma réstia de esperança…
A resposta às vossas preces,
São apenas o silencio…
E o vosso único conforto,
É o calor das lágrimas quentes,
Que escorrem pelas vossas faces,
Tão salgadas que até dói…
Aliviando um pouco o aperto insuportável,
Que sentem na garganta e que não vos deixa respirar,
E atenuando levemente o peso que o vosso coração sente,
Choram sem cessar!

É assim que me sinto neste momento,
E choro desesperadamente,
Quase enlouqueço…
Sei que tudo nesta vida tem um preço,
Mas quão alto será o meu? O nosso?

Perdoa-me amor, porque menti,
Tentei não sofrer, não chorar,
Mas não consegui…
Perdoa-me amor por tanto te querer, por tanto te amar!

(Vânia Brasil) 08/11/2008




terça-feira, 23 de agosto de 2011






quinta-feira, 18 de agosto de 2011






Os pássaros bem tentam animar-me com o seu canto,
Mas não me dão encanto.
A brisa acarinha-me o rosto de uma forma carinhosa,
Para me dar alento, mas não me contento.
O mar calmo e sereno conta-me historias de amor,
De fantasia…ineficazmente, pois não aparento alegria.
Os golfinhos saltam gritando.
As ilhas vizinhas, ao fundo, acenam…querem meu consolo,
Mas só me apetece chorar. Quero colo!
As arvores balançam…tocam-me meigamente com os seus ramos,
Até a terra emana um aroma adocicado e forte,
Tentando despertar-me, mas sem sorte.
A águia grita lá do alto da montanha, chamando a minha atenção.
Em vão!
A tristeza persiste, aumentando a minha ansiedade,
Turbulenta como um riacho.
É saudade! Infinita saudade!
Amor tudo que preciso é do teu abraço!

(Vania Brasil) 15/12/2008










O calor do teu corpo e a magia da tua essência,

Faz com que pela minha alma escorra sossego.

Como cântico sereno, pleno de magnificência,

Que me embala, segura, tranquila, sem medo.

Nos teus braços, envolve-me a magia,

E sob os nossos lençóis, escrevemos poesia.

Versos absolutos de amor e verdade,

Rimas silenciosas, que invocam noção,

Em que a troca de um olhar, detona cumplicidade,

E um simples toque provoca uma erupção.

Perfeitos cúmplices, tu e eu…

Que em silencio falamos sobre compreensão.

Amor íntegro, sem limite ou céu,

Meu norte, minha sorte, meu chão!



Que nada, nem ninguém no infindo universo,

Tente borrar este poema, nem alterar um só verso.

Poema este, que de mim brota de uma forma incontida,

Amor meu! Minha vida!



(Vânia Brasil)


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