Sempre que possam, acompanhem a leitura com o video. Neste blog só publicamos textos da nossa autoria.

sábado, 13 de dezembro de 2008

O poder da imaginação!



Estou aqui deitada, sozinha…ardendo, carente…
Sentindo-te em mim…desejando-te em pensamento.


Pensamento que me leva a uma ardente fantasia,
Em que chego e te arrombo como louca,
Beijando-te ardentemente enquanto te arranco a roupa…
Tremula de desejo…esfomeada, e com excessiva euforia.

Algemo-te os pulsos enquanto te mordisco o pescoço,
Faço de ti minha iguaria…meu calabouço.
Beijo-te novamente, ferro-te os lábios e fixo-te com um olhar maroto,
Pois tudo o que me vem á ideia, meu amor, sabe-me a pouco.

Desço lentamente percorrendo com a língua teu peito,
Teu corpo…e tu contorceste de desejo, para meu deleito…
Chego calmamente ao teu membro erecto…lambendo-o de mansinho,
Fazendo-te expirar… como se fosse o ultimo suspiro…

Mete-o na boca faminta mas com jeitinho,
Expludo de desejo sentindo na pele um arrepio.
Chupo-te e lambo-te como fera esfomeada,
Ouço os teus gemidos…mas quero um pouco mais, estou insaciada…

Solto-te agora, olho-te novamente…mas desta vez com um sorriso,
Penetra-me amor…possui-me agora…preciso.

Imediatamente, livre, tuas mãos percorrem meu corpo,
Atiras-me para a cama e lambuzas-te da minha boca,
Apertas meus seios, esfaimado…como louco,
E o desejo que de mim transborda, quase me sufoca.

Passas a língua em meus mamilos…por impulso puxo-te pelo cabelo,
Os teus dedos exploram a minha fonte que já brota de prazer,
Quero-te dentro de mim, acaba com o meu flagelo,
Possui-me, rasga-me…quero explodir sem me conter.

Arco as costas, zonza, embriagada…penetraste-me enfim,
O prazer é tão intenso que desejo que não houvesse um fim.
Somos agora dois corpos que se contorcem mutuamente,
Num ritmo compassado, ora lento…ora acelerado,
Ao som de gemidos e sussurros…puro prazer, desejo ardente.

Sinto as tuas garras cravadas nas minhas costas,
Comprimo fortemente as tuas coxas…
Gemo agora fortemente…sem medo ou noção,
Expludo de prazer como vulcão em erupção.

Acompanhada de seguida pelo teu rugido contido,
Virei fera saciada por um leão destemido.

Depois, em silêncio, fixo o nada…
Sorrindo…calada…
Apenas grata por nos amarmos, pelo que sentimos…
Passados alguns minutos quebro o silêncio, perguntando:
Repetimos?

Estou aqui deitada, sozinha…ardendo, carente…
Sentindo-te em mim…desejando-te em pensamento.
O pensamento que me leva a uma ardente fantasia,
Até consigo sentir o teu perfume, o teu calor…
Fantasia essa que me levou á explosão, meu amor,
Sem precisar de me tocar…rebentei de prazer…
Por tanto te desejar…por tanto te querer…
Foi puro prazer…puro tesão…
Simplesmente… o poder da imaginação!

(Vania B.)

terça-feira, 4 de novembro de 2008




Dizem que vivo com demasiada paixão.
Que idealizo, que sonho acordada.
É verdade, tudo o que faço é com entrega,
Dedicação.

Sonho com a alma, vivo com o coração.
Chego a flutuar, levada pela emoção.
Mas isto não é uma qualidade.
É uma maldição.
Que me persegue, que me deixa…

Frágil. Ferida.
Sou uma sombra perdida,
Deambulando na noite, esquecida.

Sonho sim, mas…
Deito-me com a realidade,
E acordo com a desilusão.

E apesar de por dentro,
Me preencher a tristeza, o vazio e a solidão.
Continuo sorrindo,
Procurando uma luz na escuridão!

Serei eu tão ingénua como me dizem?
Será tão grave ser-se assim?

Mas quem sou eu para rejeitar uma amizade?
Quem sou eu para recusar a minha mão,
A um pedido de ajuda?
Quem sou eu para julgar, ou condenar?

Eu não sou ninguém…
Apenas algo, com os seus defeitos e suas culpas.
E como posso eu recusar ou rejeitar algo,
Que para mim é enorme gratificação,
E motivo de felicidade?

E porque devo ajuizar ou conceituar,
Quando não é do meu agrado?
Não me dá satisfação.
Ninguém é perfeito.

E quem perfeito se achar,
Afirmo, que é bem mais sonhador do que eu,
Irrealista, que não me deve sentenciar.

Porque me sinto tão vazia?
Porque me apetece chorar?


De uma coisa eu tenho a certeza,
E certezas na minha vida são raras,
É que a bondade é retribuída.
E as maldades pagam-se caras!



(Vânia B.)



sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Carta de amor: De mim, para ti...a primeira...

Inicio esta carta com um sorriso maroto, imaginando se te terei surpreendido ou não…
Guarda-a como uma marca eterna que perpetuará a nossa paixão…Um amor perfeito, para que jamais seja esquecido…
Pois mesmo que um dia este nosso amor, por falta de cuidado ou por qualquer outra razão murche e adormeça…eu jamais o esquecerei! Ficará para sempre gravado em meu coração, em minha alma e cada momento único que vivemos juntos se imortalizará em mim…deambulando no tempo até que eu te encontre novamente.
Esta distância que insiste em separar-nos é a minha cruz, o meu tormento… aceito-a como uma prova de Deus, testando assim a tua e minha força. Não sei se a vencerei…resposta a isso só o tempo a dará…contudo amo-te, como jamais amei…e acredito que o amor é a força mais poderosa que existe. Dizem que o tempo é inimigo do amor, que a chama se apaga com o passar dos meses, contudo amor, os dias dão lugar às noites, a lua vai mudado, assim como as estações e o meu amor por ti vai crescendo cada vez mais.
Sei que às vezes fico em silencio a olhar o vazio, talvez isso te inquiete…contudo amor, a maioria das vezes, faço por apenas recuar no tempo…revivendo a nossa história, respirando a nossa paixão…as primeiras vezes que falámos, a primeira musica que colocas-te em meu ouvido, noites em claro e horas de conversa que pareciam apenas breves segundos, a forma como te declaras-te…a magia que foi estar contigo pela primeira vez…

Em sonhos ainda passeio contigo aí no Porto, em Angra do Heroísmo ou até mesmo aqui…pois sonhar acordada é o que mantém viva a minha esperança. É acreditar em ti que me faz erguer todas as manhas. É relembrar as pequenas coisas e mimos que me fizeste e que para mim foram tão grandiosos. Adoro essa tua forma imprevisível de agir, de ser…
É ter a noção do quão especial és…que me faz sentir excepcional e abençoada por ter o teu amor.
E hoje dei comigo uma vez mais a reviver todos esses momentos, tão únicos… tão nossos.
Como pode, às vezes, a tristeza não me cobrir…como pode a solidão não me embalar? Por vezes invade-me um vazio tão grande, como se o sol se pusesse num ápice e nunca mais fosse amanhecer… É a saudade amor, sem ti aqui, falta-me o chão que me permite caminhar seguramente, sem ti aqui falta-me o céu em que posso voar livremente, a tua ausência limita-me os sonhos…delimita a inspiração que me causas, como quem cala um grito que libertado seria ensurdecedor.
Porém amor, isso da tristeza, da solidão são apenas momentos efémeros, porque a realidade é que me fazes feliz. Pego sempre nessa tristeza e nesse vazio e preencho-o com recordações, e sonhos para um futuro que seja nosso, transformo a dolorosa saudade numa saudade doce e terna como fome que em breve será saciada…
Porque tu, apenas tu consegues trespassar o meu ser e tocar minha alma preenchendo-a de tranquilidade e paz.
Foste tu quem me deu a conhecer a felicidade que eu pensei ser imaginação dos insensatos, foste tu que me proporcionas-te momentos e sensações que eu pensara que existiam apenas em histórias fictícias de romance e paixão.
Peço a Deus todos os dias que te mande de volta para os meus braços e que seja breve a tua ausência, peço-Lhe com todas as minhas forças que se encontre perto o dia em que virás ao meu encontro para não mais me deixar…porque a minha felicidade só será completa, quando esse dia chegar.
Como eu te desejo meu amor, como sinto saudades tuas, da tua companhia, do teu corpo onde me entrego completamente, onde tu e eu somos um só…e é bom demais sentir que este sentimento não é só meu, é recíproco.
Confesso que o que sinto por ti é tão ilimitado, tão perfeito, tão puro…que sinto insatisfação ao ler cada palavra que te escrevo, é como senão conseguisse conceber palavras ou expressar sentimentos que permitam quantificar aquilo que realmente me preenche.
Não quero que de forma alguma sintas que quero mudar a criatura sensacional que és quando muitas vezes te chamo á razão, ou tento fazer-te ver certas coisas que inconscientemente não te apercebes, tal como fazes comigo e eu agradeço, o que te peço é que sejas para mim o que sempre foste, e que continues a tratar-me da mesma forma a que me habituaste. Eu não pedi nada, apenas dei e fui generosamente recompensada por ti. Nunca ninguém me tinha tratado e cuidado assim…Sabes bem…por isso para mim é inadmissível que mo seja retirado. Da mesma forma que eu nunca me tinha entregado totalmente a ninguém como o fiz contigo. És estranha a forma como penetras em mim e me ouves sem que muitas vezes eu profira uma palavra. É uma sensação boa, assim como também é agradável olhar para a tua expressão e ler-te, ou acabar em pensamento as frases que começas em voz alta.
Desde que te conheço, que transborda sensações em mim, que eu desconhecia, tu és o ser mais maravilhoso que descobri, completas-me e fazes-me sentir uma pessoa melhor. Hoje habita em mim gratidão e o amor mais puro e poderoso que alguma vez existiu…na historia…no tempo…e é teu amor, somente teu…
Acabo sussurrando-te no ouvido: -Cuida bem dele! Não o percas…não o esqueças!

Desta sempre tu, e que te ama como jamais alguém te amará,

Vânia Brasil




sábado, 12 de julho de 2008

















 Prometi perante o sagrado altar,
 Que só voltarei a casar,
 Com homem ousado,
 Persistente e descarado.
Que a secretária onde trabalho,
 De rosas a agasalhe,
E que me roube um beijo apaixonado e ardente,
Num local cheio de gente!


 ( Vânia Brasil) 26/07/2006

 jorgense ou açoriano nao será certamente loool

terça-feira, 17 de junho de 2008
























O sol está a pôr-se, o mar parece um rio,
É bom demais inspirar este ar perfumado pelo eucalipto,
A paz surge em mim, como repentino calafrio,
Sossego! Calo o meu incessante grito.

Olho o horizonte…como se esperasse algo que não vem,
O chinfrim dos pássaros começa a cessar,
Dando lugar apenas ao som do calmo mar,
Olho em meu redor, estou só, apenas eu e mais ninguém!

Continuo a olhar o horizonte…deixo-me vaguear em pensamentos,
Sinto-me tão cansada, que me faz questionar a minha própria existência,
O que faço aqui afinal? Pois se para a minha presença não vejo argumentos,
Sinto-me um ser miserável, impróprio…será isto fruto da minha carência?

Tenho tantas dores no corpo…
Mas são menores que as que me atingem a alma,
Por mais que eu faça, é sempre pouco…
Parece que destruo tudo o que toco. Não há mérito, não há palma!

Agora pergunto-te meu Deus: O que devo fazer?
Como posso melhorar-me? O que devo mudar em mim?
Por favor Senhor, dai-me o teu parecer…
Odeio sentir-me assim…

Todos os dias esforço-me no meu ganha-pão,
E não consigo satisfazer suas exigências.
Empenho-me no papel de mãe, de mente e coração,
E sinto-me sempre aquém apesar das diligências.

Pensei ser boa companheira e amiga,
Mas não o sou…estava errada!
Não sei se sou eu a falar…ou se será o desespero e fadiga…
Mas sinto-me comigo mesma tão zangada.

Entreguei-me a um novo amor com corpo, alma e paixão,
Mas mesmo dando o meu melhor…transparecendo o que há em mim,
Só faço sofrer quem mais amo, não passo de uma desilusão,
Eu não quero que seja assim!

Deixa-me chorar mais um pouco…preciso aliviar a minha alma,
Deixa-me sentir embalada por ti meu Deus, como quando era menina,
Sempre Fostes o meu consolo…a minha calma,
Nas horas mais difíceis, em que me sentia perdida e sozinha!

Queria tanto o calor de um abraço…sinto-me tão carente,
Se tiver que ser sempre assim…fazei com que eu não mais exista,
Já vi que o melhor que há em mim…não é suficiente…
Se calhar não passo mesmo de um ser auto destruidor e egoísta!

A noite já caiu…fez-se um silencio apavorante,
Enxugo as lágrimas, já me sinto mais serena,
Olho as estrelas e o luar…que se exibem de uma forma deslumbrante,
E perante tal beleza e imensidão…sinto-me insignificante e pequena.
Ser pequeno…não me faz sentir infeliz, ou desfavorecida,

Sinto-me uma felizarda com aquilo que tenho…que alcancei,
Os meus amigos, o meu amor, a minha filha, a minha vida…
O que me deixa revoltada…é a felicidade que queria dar, e não dei.

Quero poder fazer mais e melhor…quero ir mais além e sinto que não consigo…
E é isso que me faz sentir falhada como mãe e mulher…
É por isso que sou uma anjinho perdido!

(Vânia Brasil)



terça-feira, 13 de maio de 2008

Apenas mais uma história!













Hoje quero contar-vos uma história…


Uma história que certamente não ficará, de ninguém, na memória!


Mas e porque não contá-la?



Glória, foi menina abandonada pelo pai, tinha ela dois anos,


A mãe ficou desempregada, com um recém-nascido nos braços…o irmão!


Pouco tempo depois a mãe começou a afogar no álcool, seus enganos,


E aos poucos e sem se aperceber…fez do álcool sua ilusão!



Agora uma alcoólica, que perdeu todo o amor-próprio e por si a consideração,


Mergulhada no seu próprio caos…fazia do seu corpo muitas vezes o “ganha-pão”.


E uma alma sombria, num corpo embriagado e numa mente sem razão,


Faz actos e atitudes imperdoáveis…e sem compreensível explicação!



Glória e o irmão…tiveram que se adaptar á carência e aos maus-tratos,


Em vez de um beijo de boa noite…ou uma história antes de dormir,


Era mais frequente uma bofetada em que o nariz ficava a sangrar…


Ou adormecerem agarrados um ao outro com medo do que poderia surgir,


Isto é apenas alguns exemplos…breves relatos…


De momentos que são dolorosos contar!



Porque há crianças, como a Glória e o irmão, que ao olharem para simples acessórios,


Como cintos, cordas…ou uns meros suspensórios…


Lhes associem outras utilidades, que a maiorias das pessoas lhos possam associar.



A menina aos seis anos…não entendia o porquê da punição física…e afectiva,


E ocasionalmente até de abusos sexuais…


Por parte de “amigos” que sua casa frequentavam…



Onde estava a protecção de uma Mãe… um familiar, quando era mais precisa?


Onde estava os representantes da Lei para a protegerem destes “animais”?


Onde estavam?



Uns meses depois de Glória completar sete anos…sua mãe faleceu…expirou.


Deixando assim duas crianças órfãos…ao cuidado de um embriagado padrasto,


Que por não lhes ter nenhum amor… se transformou em eficaz carrasco.


Abandonados ao seu destino…muitas vezes foi algum vizinho que a fome lhes saciou.


E quando essa sorte não acontecia,


Juntinhos adormeciam com o medo e a “barriga vazia”.



Mas por muito duros que fossem os seus dias…tinham-se um ao outro,


E não era isso que os impedia de sorrir ou sonhar…


Faziam muito do pouco…


E no fundo nunca deixaram de acreditar!



Passado ano e pouco depois da sua mãe falecer,


Acabaram num Lar para crianças em risco, que aceitou em os acolher.



Imagino o que estão a pensar…


Que os seus problemas acabaram…


E que finalmente tiveram algum bem-estar…



E se eu vos disser que uma vez mais se enganaram?



Quando se vive á mercê da generosidade da nossa sociedade,


Tudo o mais fica aquém!


Os alimentos eram escassos, os castigos muito severos,


Para crianças como Glória…parece distante uma possível felicidade,


Sentem-se esquecidos…que não têm ninguém…


E qualquer momento de afecto é ineficaz e efémero!



Os dias de Glória eram longos, e as noites frias e vazias…


Adormecia chorando…derramando lágrimas quentes em fronhas frias.


A menina foi crescendo…e aprendendo a lei da sobrevivência,


Onde o trabalho era árduo, a vida dura e cruel…


Em que apenas se “desenrascam” aqueles que são mais fortes.


E é difícil manter-se “são” e colmatar a afectiva carência,


Pois se a uns lhes calha o mel, para outros resta-lhes o fel.


São destinos…são sortes!



Alguma vez pararam para imaginar…o que é para uma criança,


Sentir-se só e desamparada?


Desejar todas as noites alguém que a aconchegue…que a beije,


Sentir-se amada, desejada?


Desejar não sentir mais medo…nem acordar com pesadelos, baseados em lembranças,


Ter alguém que sonhos cor-de-rosa lhe deseje?


Que a abrace e que diga que a ama…que a trate como vê tratar inúmeras crianças?



Imagino que alguns até saibam do que estou a falar,


Mas a maioria faz por nisso nem pensar!



Mas abreviando a nossa história para não muito vos massacrar,


Glória cresceu envolta em revolta e com muitos problemas,


Ultrapassando duros obstáculos e resolvendo seus dilemas.


Não foi uma adolescência fácil…se normalmente não o é…


Imagine-se sem ninguém que lhe dissesse a diferença entre o certo e o errado,


Mas ela não desistia fácil…e acima de tudo tinha muita fé,


E tentava construir seu futuro, baseado nos exemplos do passado.



Não queria repetir os mesmos erros de sua mãe,


Nem ser mais uma das histórias dos que com ela viviam também.


Gloria foi estudando e tornando-se uma mulher,


Uma jovem decidida que sabe bem o quer.


Sonhadora e imaginativa…que gosta de rir e ama a vida.


Diversas vezes caiu…as mesmas se levantou,


Foram muitas as vezes que assombrada pelas suas memorias,


Mergulhada em seus medos…revoltada com a sociedade,


Que por pouco não se suicidou…


Teve muitos fracassos…algumas vitórias,


Mas sempre lutou…ás vezes contra si própria…combatendo a sua debilidade.



Hoje é mulher que ainda sonha…ainda luta com convicção e esperança…


E muitas vezes é menina…que apenas deseja ter tido diferente infância…


Mas Glória sabe que foi todo aquele percurso que teve que percorrer,


Que fez dela a mulher que é hoje…determinada e sem nada a temer.



Há muitas inter linhas que ficaram por contar,


Mas a historia já vai longa e vou ter que terminar.



Muitos de vós agora interrogam-se porque vos contei esta história,


Mas desde já vos esclareço que não foi para sentirem tristeza,


Pelos órfãos ou crianças abandonadas… pela própria Glória …


Mas sim um apelo á vossa consciência…pelos vossos actos…pela vossa indiferença


Enquanto pais e cidadãos…que cumprem a vossa obrigação.


Pois normalmente é o egoísmo e frieza, a indiferença e o constante ignorar,


Que faz com que todos os dias aconteçam historias como a da Glória e o irmão.


Mas nem tem todas têm o mesmo final…estes dois hoje tem vidas como os demais,


Mas quantos deles não acabam como aqueles a que vocês gostam de apontar como marginais.


Quantas Glórias acabam se prostituindo…e em becos sem saída?


Quantos irmãos acabam presos, criminosos e toxicodependentes sem rumo, sem vida?


E quantos de vós perguntam o porquê, ou qual será a sua história?


Fazem ideia do que muitos deles tiveram que suportar?



A minha escrita não é mais que o grito para que a nossa sociedade hipócrita deva enfim acordar!



( Vania B.)


Ao amor da minha vida!

























Um ano passou…meu amor…

Uma eternidade longe de ti!


E no entanto…


Parece que foi ontem que te conheci…



A partir desse dia…


Tens sido a luz na minha escuridão…


O sorriso para o meu desalento,


A alegria para a minha desolação…


A minha inspiração…o meu alento!



Relembro cada momento com tanto amor e ternura,


Não apenas os momentos em que estivemos juntos,


Mas também todos os que partilha-mos á distancia…



Cada acto…cada palavra tua…em mim, perdura!


Os momentos em que positivamente me surpreendeste foram muitos,


E agradeço a tua compreensão, dedicação e tolerância!



Sei que há quem não entenda este nosso amor,


Sei quem o julgue impossível pelo oceano que um do outro nos aparta…


Quem não o compreende ou o julgue pode até conhecer a saudade e a dor,


Mas certamente não conhecerá o amor incondicional, que não cede, não teme…nem farta…



Durante os meus constantes momentos de solidão e tristeza,


Pedi incansavelmente a Deus alguém como tu…Ele ouviu-me…


A felicidade não nos é dada de “mão beijada”,


Há que saber lutar pelo que se quer…com persistência…paciência e braveza!



É tão bom sentir-me por ti amada…cuidada…



E não estou á espera de consentimento ou aprovação,


Só quem vive ou viveu um amor assim poderá entender…



Um amor assim é uma dádiva dos céus…é força suprema,


Que nos trespassa a alma…e nos dá asas á imaginação,


Duas metades que se completam…é um constante renascer…


E amar-te assim…é sentir-me viva da forma mais plena…



Das primeiras frases que me proferiste há uma que jamais esqueço,


E que na altura até nem entendi…talvez por não tentar,


Hoje olho em meu redor…e sinto-o com apreço…


Realmente “ para se ter é preciso dar”


Espero nunca ficar aquém desta tua lei…


Dou-te tudo de mim…entrego-me em ti com todo o meu ser…


E perdoa-me se alguma vez te desiludi ou falhei,


Não sou perfeita…mas tento ser e estou a aprender!



Não sei o que o futuro nos reserva…


Mas espero que possamos caminhar os dois lado a lado,


Ser-mos um para o outro…estar-mos um no outro…com amor e entrega,


E que possamos olhar sempre com um sorriso para o passado.



Há tanta coisa que sonho em poder partilhar contigo,


Há tanto para fazer…para descobrir…de mim e do meu universo,


Sem pressa…quero desvendar cada pedaço de ti…ser o teu abrigo,


Quero que o meu mundo no teu fique submerso…


Porque aqui o “eu” não importa…apenas o “tu”, porque és tu em mim,


Não sou mais que o reflexo da tua alma, o clarão da tua condição,


Apenas emito o perfume das flores que brotam no teu jardim…


Não saberia mais quem sou sem ti…imaginá-lo…faz-me sentir rastilho em extinção…



Sei que temos ainda um longo caminho a percorrer,


Um percurso com momentos acetinados e outros espinhosos…


Há que saber percorre-lo com confiança…sem nada temer,


Acolhê-los sejam eles penosos ou maravilhosos.



Enquanto isso meu amor…paciente aguardarei…


Estes longos dias em que não te tenho fisicamente,


Porque em tudo o resto estás sempre presente!


E de corpo e alma a este amor me dedicarei!


Vou controlando a minha ansiedade,


Este procurar incessante de um toque teu…


Viverei intensamente este amor que em plenitude me acolheu…


E até que chegues novamente…abraçarei a saudade,


Mergulharei em mim mesma…aprisionando os meus desejos,


A minha vontade…


Relembrando as nossas noites escaldantes…os teus apaixonantes beijos…


Acondicionando a minha liberdade…


E sonhando…esperando…


És a minha felicidade!


Amo-te Hugo!



( Vania B.)



Obrigado meu amor…por este ano que passou, pelos conselhos, pela tua luta constante por mim…pelas palavras de amizade, pela compreensão…pelo teu amor e dedicação. Obrigado por todas as vezes em que me surpreendeste…pelo carinho e mimos que me deste. Obrigado pela paciência…

Agradeço por seres como és!






























sábado, 22 de março de 2008

Feliz Páscoa!


Feliz Páscoa para todos vocês,
e que o amor de Cristo esteja sempre presente nos vossos coraçoes!

Saudade!

Meu amado…

Tenho um nó atado na garganta…apertado,
Que aprisiona o que a minha mente expele,
Uma dor no peito que me corrói…
Uma inquietude que brota em cada poro da minha pele,
Desassossego que a minha paz destrói…

Saudades tuas meu amor…

Saudade…

Se eu a libertasse do meu peito…com um GRITO…
Atordoaria a Humanidade!

Se do meu peito trespassasse…a luz que o meu coração irradia,
Jamais haveria escuridão, seria eterno o dia!

Se este amor que sinto… de mim fosse expelido,
Embateria nos confins do universo…
Regressando em forma de eco…ensurdecedor,
Fazendo brotar dos olhos dos anjos…lágrimas,
Que se converteriam nos mais graciosos versos…
Criando, assim, o mais belo poema de amor!

Costumas dizer que o amor que sentes por mim te alimenta,
Hoje digo-te que quem ama da forma que eu te amo…
Nada teme, tudo enfrenta!
Não é ilusão…nem engano.

Amor poderoso…infindo, que avulta de dia para dia…
Fazendo brotar em mim felicidade…incalculável alegria!

Sonhara eu que um amor assim pudesse abundar em todos os corações!
Pois não só me alimenta,
Como tem força suficiente para alimentar todos os Homens,
A própria vida em si…durante gerações!

Contudo pergunto…
Então o porquê deste aperto, aflição…deste inquieto sentimento…
Que por momentos lateja, dói tanto, que sinto que não aguento!
Esta ansiedade que me consome…de tanto te querer sentir.
Ás vezes só me apetece mergulhar nas nossas recordações,
E não mais sair…
Sonhando, e enquanto aguardo a tua chegada…queria simplesmente dormir!

A resposta: SAUDADE!

Se eu a libertasse do meu peito…com um GRITO…
Atordoaria a Humanidade!
Se este amor que sinto… de mim fosse expelido,
Embateria nos confins do universo…
Não! … O universo não tem fim…ficaria perdido…
Deambulando no espaço e tempo…disperso…

Eternamente!

Mas sempre que alguém por saudade uma lágrima derramasse,
Por minha vontade…
As estrelas se uniriam…e no céu escreveriam…

AMO-TE HUGO! DE TI SAUDADE!

Sinto-me um pássaro engaiolado…
Uma alma aprisionada…
Não entendo…o porquê de Deus me separar da minha metade…
De me deixar adormecer e acordar com a saudade…
Que mal terei feito eu? Que pecado?
Se é que é Deus que me separa…ou será falta de vontade?
Sinto-me incompleta…inacabada!

Inacabada sim…
Mas desanimada? Vencida…ou infeliz?
Jamais!

(Vania B.)



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